ANAF ratifica texto do jornalista Gustavo Poli: "O bom juiz"
Na segunda-feira, 5, o jornalista Gustavo Poli que escreve em seu blog na Globo.com publicou um texto denominado "o bom juiz" onde discorre sobre as arbitragens no futebol brasileiro. O texto é longo, mas bastante interessante e coerente especialmente na parte em que os árbitros são classificados como "humanos" e passíveis ao erro.
"O juiz de futebol é um personagem peculiar – um réu mudo, que há eras desmoralizou a presunção de inocência. Ele não erra – ele rouba. Ele não se engana – ele manipula. Num facebook ou num twitter perto de você, a cada rodada, pululam injúrias, calúnias e difamações contra apitadores desconhecidos – ou vagamente conhecidos. E o que eles dizem? Nada." , escreve o jornalista.
Outro ponto que merece destaque diz respeito ao reconhecimento do trabalho da arbitragem. Quando o trio vai bem ninguém comenta nada, mas qualquer erro - daqueles que o atacante, o zagueiro, o goleiro, o treinador cometem aos montes - são dignos de teorias conspiratórias, má vontade, roubo e até outras acusações infundadas.
"O aplauso do árbitro, como se sabe, é o silêncio. Ele é o ponto de equilíbrio numa arena repleta de gente movida à paixão. O sujeito tem que ser racional, manter a serenidade, não pode comemorar acerto nem demonstrar excitação. E caso consiga acertar tudo – passar por 90 minutos sendo xingado e tomando decisões a todo instante e controlando os ânimos ensandecidos de 22 sujeitos… o que recebe? Uma taxa de arbitragem, um cumprimento aqui, outro ali.", ressalta Poli que em outro trecho trata das dificuldades dos árbitros em campo com frações de segundos para interpretarem lances muitas vezes duvidosos:
"E eles erram, claro, afinal são humanos e não tem 15 câmeras com replay. É muito fácil dizer que os juízes são ruins na poltrona, com dezenas de ângulos em câmera lenta. Na hora – sem câmeras, robôs, videoteipes… é simplesmente difícil apitar. A comparação gera o clichê primário – de que todos os juízes são ruins. Não são – simples assim. Eles são humanos. Só que eles só são lembrados quando fazem bobagem."
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